Avançado, chamado por Ancelotti pela primeira vez, revela que o período na Europa afetou a sua moral e agradece a Abel Ferreira por ter recuperado a confiança para lutar por um lugar no Mundial.
A primeira convocação de Vitor Roque para a seleção brasileira sob o comando de Carlo Ancelotti marca uma reviravolta na carreira do jovem jogador. Em conferência de imprensa, o atacante do Palmeiras fez um balanço honesto da sua passagem pela Europa e sublinhou a decisão de retornar ao seu país natal como estratégica.
Vitor Roque reconheceu que deixar o futebol europeu não é um retrocesso, mas sim uma etapa calculada:
«Eu fui muito jovem para a Europa. Adquiri bastante conhecimento, mas penso que, às vezes, é preciso recuar para depois avançar o dobro. O [ex-Betis] Luiz Henrique é uma prova disso. Ele voltou para ser campeão, e eu também espero erguer títulos.»
O resgate da confiança no Palmeiras
O avançado, que não conseguiu impor-se no Barcelona nem no Betis, admitiu que a experiência internacional teve um custo psicológico.
«Quando aterrei de volta [da Europa], estava mal da cabeça, sem qualquer confiança,» confessou o jogador. «Foi o professor Abel Ferreira, aqui no Palmeiras, que me deu a sequência de jogos de que eu precisava. Ele depositou a confiança em mim, o que é vital para recuperar o ritmo.»
Com 20 golos e 5 assistências em 52 jogos na atual temporada, Vitor Roque acredita que o desempenho o coloca na corrida por um lugar no elenco que irá à Copa do Mundo.
«As vagas na Seleção estão em aberto», firmou. «O trabalho tem que ser contínuo, todos a dar o máximo nos seus clubes. O mister [Ancelotti] pode escolher um, dois ou levar até um terceiro avançado, então a luta é real.»
Vitor Roque junta-se ao grupo para os últimos amigáveis do ano, onde o Brasil defronta o Senegal e a Tunísia.







